sexta-feira, dezembro 08, 2006

Harry Potter e a Câmara Secreta


Harry Potter e a Câmara Secreta
(Harry Potter and the Chamber of Secrets)
(J.K. Rowling)

O Segundo ano de Harry Potter em Hogwarts foi marcado pelo mistério da Câmara Secreta, que uma vez aberta pelo Herdeiro Syltherin, libera um monstro, que por meta tenta acabar com todos os alunos sem sangue bruxo (mudbloods). O livro apresenta suspense e trama do começo ao fim, faz revelações interessantes sobre o passado de Hagrid (gamekeeper) e sobre quem foi Lord Valdemort. É claro, Harry é sempre acompanhado de Ron e Hermione, amigos inseparáveis.
O livro deixa algumas lacunas, para que, obviamente possa vir a ser explicado no próximo volume, o que já é a intenção e o estilo de J.K. Rowling. Exemplo disso é o aumento do espaço geográfico da história, onde aparece uma cadeia chamada Azkaban. O livro é de fácil leitura (versão em Inglês) e a estória prazerosa.

segunda-feira, novembro 13, 2006

O Cortiço (Aluísio de Azevedo)



Quem gosta de romance social naturalista deve ler este clássico. Digo isso porque me deixou estonteado uma leitura tão rica em conteúdo realista em contato tão próximo a realidade do Brasil 2006.
O cortiço data de 1890 e 116 anos após sua publicação o livro mostra em que situação vive a maioria do brasileiro hoje. A exploração do português foi substituída pela do americano, e a exploração do ser humano por ele mesmo; como mães que vendem o corpo das filhas, quando, elas mesmo não se vendem. Bem como pessoas morando aglomeradas em chamados cortiços em 1890 ou como conhecemos hoje, favelas.
Estas cada vez maiores, e não diferente do livro, hoje as favelas são habitadas por todo tipo de gente e faz-se uma sociedade a parte. Muita coisa acontece, muita gente se dá mal, para que uns poucos favorecidos possam desfrutar da riqueza, que obviamente não lhes pertence.
O Cortiço é um grito de desigualdade social que já serviu para muitos leitores como distração, passa tempo, e que hoje pode ser vista como uma profecia de como viriam a ser os habitantes do verde-amarelo.
Hoje em dia a Globo exibe novelas cheias de pobres e ricos num tom animado e sutil, sempre reforçando que o pobre é o excremento da sociedade, tendo que se adequar como pode as regras e demandas de mercado. Infelizmente muitas pessoas, principalmente a classe pobre abstêm da coisa e inventam a si mesmos, sempre explorando a si mesmos e a qualquer outra pessoa que possam. Existe um anseio de pertencer à sociedade, de estar incluído, que hoje no Brasil “fazer parte” é um dos principais mecanismos de comércio. João Romão, o protagonista, é um português ambicioso, que para conseguir alcançar o titulo de homem da sociedade é capaz de matar a seus próprios sentimentos. Leia e descubra por que.

sexta-feira, agosto 05, 2005

1984


Orwell, George, 1903-1950. 23a edição, São Paulo: Editora Nacional, 1996.

A dominação da sociedade por meio de uma entidade intelectualmente ‘superior’ é assunto abordado por vários autores. Sabe-se que a Arte retrata a sociedade, com efeito, parece impossível que o indivíduo se desvincule de sua história em meio à sociedade para trabalhar a Arte. No começo do século XX os indivíduos tomaram consciência de que a tecnologia e a sociedade começavam a avançar e tomar um rumo temido por muitos que retrataram o assunto em suas obras, numa espécie de pessimismo em relação ao futuro, autores como Aldous Huxley (1894 – 1963) e George Orwell (1903 – 1950) pensaram um futuro dominado pelo Estado onde as vontades das pessoas eram meramente reflexos do que o Estado lhes permitissem gostar. Com o auxilio da tecnologia avançada, em O admirável mundo novo (Aldous Huxley) retrata o manejo social mediante a mutação do humano cientificamente transformados em castas, estas felizes em suas condições e funções sociais, a meta era ser feliz aceitando a si mesmo e aos outros, viver em paz e harmonia mediante a um controle total da personalidade de cada individuo da sociedade. Em 1984 (George Orwell) mostra-nos um controle social baseado nos interesses alheios de conquista de poder, para isso o Estado necessitava alienar toda a civilização para que esta se conformasse com a vida que levava e não somente isto, mas também gostar da própria vida. Neste livro o uso da tecnologia é direcionado a espionagem permanente dos indivíduos para que estes não manifestem nenhuma ‘vontade’ alheia ao que o Estado incita e permite. Nos dois livros os personagens principais agem em rebeldia reflexiva, e questionamentos, eles escapam a alienação e por isso são punidos. Os dois livros são interessantes para o estudo sociológico da condição social, os assuntos são atuais e não é difícil relacionar nossa vida hoje com a ‘previsão’ dos autores, é uma leitura prazerosa e envolvente, para quem gosta de assuntos sociais o livro é indispensável.

quarta-feira, julho 20, 2005

O HOMEM QUE MATOU GETÚLIO VARGAS


Soares, Jô QUEM MATOU GETÚLIO VARGAS. São Paulo: Editora Schwarcz Ltda.: 1999

Jô Soares escreve com uma ironia característica o que deixa a leitura rica quanto a sua produção literária e deliciosa quanto a sua história. A personagem Dimitri Borja Corozak é um anarquista cômico que não foge da vida real, positivista, persuasivo, mesmo fracassando em suas tentativas de assassinato, vive muito mais romances e aventuras pelo mundo do que sua carreira de anarquista assassino. Entretanto, as trapalhadas de Dimo é vital para salvar sua própria vida em muitos momentos e arruinar a vida de outras. Aconselho esta leitura à todos que gostam de boas risadas e conteúdo histórico. Veja a biografia de um anarquista, assassino sem vítimas, mas cidadão de multipla nacionalidade, de multiplos nomes, feliz e aventureiro.

Dimitri Borja Corozak é o nome do homem. Anarquista desde o berço, ideologia herdada do pai, anarquista frustrado.
Dimo cresce e estuda numa escola de assassinos na Bósnia. É considerado um grande atirador de pontaria infalível, tem doze dedos na mão, dois indicadores a mais, o que lhe rende um protetor, o diretor da Skola Atentatora, Dragutin. Depois de sua primeira falha na tentativa de um assassinato, Dimitri Borja Corozak ainda viria a sofrer muitos outros desapontamentos causado por seu jeito desastrado de ser. Como um assassino frio e cruel, Dimo passa mais carisma do que muitos personagens de romance, o que não é de costume. O problema é que a sorte de Dimo sempre o deixa no "quase!". Assassino sem vítimas, Dimo vem para o Brasil, terra natal de sua mãe, aqui, com suas ideologias anarquistas, vive a sociedade de Getúlio Vargas, seu tio natural. Quem matou Getúlio Vargas? -Dimo pode até não conseguir, mas ele é um candidato obsecado.

sexta-feira, julho 15, 2005

ÓPERA DO MALANDRO


Primeiro contato com uma história do Chico Buarque e logo de cara me deparei com um grande crítico humorista, satírico e realista sobre a sociedade carioca nos anos setenta, relacionando com os anos anteriores em que a revolução industrial causou uma revolução social no mundo todo, a chegada do nylon ao Brasil, as falcatruas que esquematizavam todo o comercio nacional, seja de contrabando, seja de mulheres. Duran é o dono de uma rede de prostíbulos, tudo sob a devida proteção da policia que tem a frente um certo comandante chamado Chaves que por sua vez é amigo de infância de um contrabandista vulgo Max Overseas, este se casa com a filha de Duran, sem a conscientização dos pais. Duran cego pelo ódio arma um esquema para matar Max, este pequeno grande contrabandista vende ilusões, ou melhor, conversa fiada. Uma história hilariante que a principio foi um peça teatral que estreou no Rio em julho de 1978 com um elenco de atores famosos da rede Globo. O livro contém 247 páginas e inclui também as partituras dos poemas cantados, para quem sabe tocar. Uma ótima opção de entretenimento.

quarta-feira, julho 06, 2005

MY LEGENDARY GIRLFRIEND


Gayle, Mike – MY LEGENDARY GIRLFRIEND, Great Britain: Flame 1998

Se tenho sorte em algo, esse algo é comprar livros. Quase sempre me dou muito bem comprando livros de autores cujo não faço a menor idéia biográfica. Desta vez não foi diferente, tive sorte em comprar esse livro numa banca de revistas usadas. O autor é Mike Gayle, um jornalista Freelance inglês.
Quanto ao livro, a história se passa na Inglaterra, a personagem, um professor de Inglês de ensino médio chamado William Kelly. O jovem adulto é apaixonado por essa Legendary Girlfriend chamada Aggi. Ela na verdade não dá a mínima para ele, que por sua vez está arrasado pelo fim do relacionamento que acabou há três anos. William mora sozinho num apartamento no subúrbio de Londres e sua família é do interior (interessante que o autor é de Burmingham e morou em Londres por quatro anos para tentar se suceder bem na carreira de autor), longe de casa, dos amigos e de qualquer um, Will vive ao lado do telefone. Seu martírio acaba quando percebe que na verdade não ama Aggi, e sim sua melhor amiga Alice que namorava um ex-colega de escola. Bom, Alice também descobre que ama Will.
O livro foi traduzido apenas para o Português de Portugual, então será difícil encontra-lo nas livrarias, entretanto àqueles que lêem em Inglês, aqui fica uma ótima dica, não deixe de ler My legendary girlfriend, um romance contemporâneo que tem tudo haver com a bagunça sentimental que se faz nos nossos tempos. Uma outra dica, deve ser mais fácil encontrar este livro nos sebos da cidade do que nas livrarias, o mais improvável é muitas vezes mais provável.
"Para todos aqueles que já deram um fora, já levaram um fora ou vivem fora!"
Mike Gayle
"O diário de Bridget Jones para rapazes"
Observer

terça-feira, julho 05, 2005

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO


Huxley, Aldous -ADMIRÁVEL MUNDO NOVO, São Paulo: Edibolso S.A

Grande escritor, Aldous Huxley me deixou perplexo com Admirável mundo novo. A criação de uma sociedade feita cientificamente dividida em castas. Essas pessoas feitas através de uma genética alterada cientificamente eram felizes em suas posições na sociedade, assim ninguém gostaria de desempenhar a função do outro. Além disso, se alguém por algum motivo se sentisse mal havia uma droga chamada Soma que lhes deixava num estado eufórico de gozo constante, assim todos eram felizes. Neste romance uma das personagens se apaixona por uma garota, o que naquela sociedade é incorreto, pois não existe esse sentimento e a liberdade sexual é total. Ele começa a se questionar porque deve ser da maneira como é e porque todos são felizes como são. Neste momento a história começa a fazer um sentido incrível, dá para relaciona-lo com nossa sociedade contemporânea em muitos conceitos, é muito interessante, aconselho a ler todos que se interessam pelo assunto.

sábado, julho 02, 2005

O ALIENISTA


Assis, Machado de- O ALIENISTA, virtual books 2005


Simão Bacamarte é um exemplo do que um homem no poder pode fazer com a sociedade. Ele não era na verdade uma pessoa má, na verdade ele tinha a intenção de criar algo, estudioso como era, mas não tinha conhecimento suficiente para isso. O livro é ótimo, a história vai de engraçada a crítica.
Aqui está o pequeno resumo:

O personagem Simão Bacamarte, médico de prestígio internacional, desenvolve um interesse peculiar sobre os estudos psíquico-patológicos. Vivendo numa colônia onde ninguém entendia do assunto, lançou uma empreitada na busca da causa e sintomas da loucura e recebeu o apoio do governo de Itaguaí para tal pesquisa cientifica. Analisando minuciosamente as pessoas e se baseando em sua bibliografia, chegou a conclusão que a loucura era constituída de uma deficiência das faculdades mentais, qualquer desequilíbrio já era considerado loucura. Assim sendo, recolheu metade da população a Casa Verde, um “asilo” construído pelo governo. Prendeu até a própria esposa, alegando que ela sofria de “mania santuária” por gostar de vestidos e jóias. Todavia, S. Bacamarte notou que se tanta gente estava louca, significava que não ter todas as faculdades mentais era sinônimo de ser mentalmente equilibrado, o que muda por completo sua primeira teoria. Liberou todas as pessoas e se dedicou ao estudo para definir a insanidade mental. Recolheu mais pessoas, julgando que estas fossem loucas e aplicou-lhes método de cura. No final ele percebe que essas pessoas também nunca foram loucas, chega a conclusão que nunca houve uma pessoa insana em Itaguaí e pensa ele mesmo ser louco. Recolhe-se a Casa Verde para estudar e curar a si mesmo, morre meses depois da mesma maneira que entrou, não houve nenhuma evolução.

sexta-feira, julho 01, 2005

HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL




Já faz oito anos que Jk Lançou o Harry Potter p/ alegria daqueles que gostam de literatura infanto-juvenil. Particularmente Harry Potter não é o tipo de leitura que gosto, mas devo admitir que em certos momentos tive prazer em lê-lo.

Resumo do Livro: Rowling, J.K –HARRY POTTER AND THE SORCERER’S STONE, Scholastic: USA, 1997

Harry Potter é filho de um mago e uma bruxa cujos nomes eram Lily (Lílian) e James Potter (Thiago Potter). Os pais de Harry foram assassinados por um homem chamado Voldemort que não conseguiu matar o garoto, deixando apenas uma cicatriz de trovão na sua testa. Voldemort era um dos mais poderosos magos, ele havia matado muitas pessoas que não estavam do lado dele. Era um mistério porque ele não conseguiu matar Harry, também era um mistério o que teria acontecido com ele já que depois da tentativa de assassinato ele desapareceu. Harry ainda tinha em torno de um ano de idade quando isso aconteceu, Hagrid foi busca-lo entre os escombros da casa a mando de Albus Dumbledore. McGonagall e Dumbledore vigiavam as casas dos Muggles (trouxas; pessoas que não são magos ou bruxas) enquanto esperavam Hagrid retornar com a criança para entregar a seus tios Vernon e Petúnia Dursley, seus únicos parentes vivos. Os Dursleys escondiam o fato de conhecer a família Potter, eles tinham medo de alguém descobrir o parentesco e julga-los tão estranhos quando os Bruxos. Além disto, ele tinham um filho chamado Dudley (Duda) e não seria bom deixa-lo junto de Harry, pois o jovem Potter provavelmente era estranho como os pais. Mal eles sabiam que os Potters haviam sido assassinados e Harry seria entregue em suas porta, não deixando outra escolha para os Dursleys a não ser cuidar do garoto. Foi isto exatamente o que aconteceu, McGonagall, Albus Dumbledore e Hagrid deixaram o jovem Potter na porta dos Dursley.
Mais ou menos dez anos se passaram e lá estava Harry vivendo com os tios. Harry sempre foi alvo do mau-humor do tio Vernon, aliás, todos pareciam não gostar de Harry nem um pouco. Dormia numa dispensa debaixo da escada (cupboard), apenas usava roupas velhas de Dudley que era três vezes seu tamanho e não podia sair, nem fazer perguntas. Na escola não tinha amigos, Dudley que estudava na mesma escola tinha como esporte predileto bater em Harry, não apenas ele como seus amigos. Se não conversavam com Harry era por medo de Dudley. No aniversário de Dudley as coisas começariam a mudar, ele nunca participou de um passeio com os Dursley, muito menos num passeio de aniversário, mas dessa vez ele teria de ir, pois a velha vizinha estava com a perna quebrada e indisposta, ninguém parecia querer ficar com o garoto. Foram ao zoológico. Harry estava excitadíssimo, pois nunca tinha ido a um. Nunca nem mesmo saia com os Dursleys e também nunca tinha ganhado um sorvete do tio Vernon. Harry resolveu ficar bem quieto para não estragar o passeio, tudo que acontecia de estranho era sua culpa. Uma vez não queria usar a camisa velha de Dudley, tia Petúnia ficava forçando-o a usar, cada vez que tia Petúnia tentava colocar a camisa pela cabeça de Harry, a camisa ficava tão pequena que no final ficou do tamanho da palma da mão de tia Petúnia. Sem contar o cabelo de Harry que incomodava tia Petúnia, ela cortou a franja, bem tosado, Harry iria passar muita vergonha na escola no outro dia, mas quando acordou o cabelo estava grande novamente. Isto eram coisas que nem Harry sabia explicar. Estava tudo bem no zoológico até o momento em que Harry olha para uma cobra nativa brasileira, a cobra olha direto nos olhos de Harry, os dois parecem enfeitiçados, a cobra fala e Harry se assusta, Dudley empurra Harry e chama atenção de todos para cobra que estava de pé, quando Harry olha novamente, todos estão correndo e gritando, o vidro que prendia a cobra sumiu. A cobra chega perto de Harry e agradece por tê-la libertado.
Mesmo sem ninguém poder provar nada, mesmo com todas as desculpas dos diretores do zoológico, Harry foi culpado e teve de ficar trancado no seu quartinho. Ele não entendia porque era culpado de tudo, muito menos entendeu como a cobra falou com ele. Entretanto, logo Harry saberia. No outro dia Harry levantou cedo para fazer o café do tio Vernon, Harry sempre fazia o café para os Dursleys e depois pegava o jornal de tio Vernon na caixa de correio. Neste dia Harry ficou pasmo de ver que havia uma carta para ele, quem teria mandando? – Harry não conhecia ninguém, não tinha amigos. Ele entrou correndo, entregou o jornal do tio Vernon e abriu sua correspondência. Logo Dudley gritou em desespero dizendo que Harry estava bisbilhotando a correspondência. Tio Vernon pegou a carta, abriu e leu. Harry falava desesperado que a carta era dele, mas tio Vernon a rasgou logo em seguida. Ele estava mais branco do que de costume, inerte em sua cadeira. Mandou Harry ir para o quartinho, Harry tentou relutar, mas não adiantou. No outro dia havia mais e mais cartas no correio dos Dursleys, todas para Harry. Havia carta na chaminé, na porta, no caminho de casa, em todos os lugares. Harry nunca conseguia pegar uma carta, pois tio Vernon, tia Petúnia e Dudley tomavam conta de queimar todas. Em desespero tio Vernon resolveu fazer um passeio até uma ilha isolada, na esperança de não receber mais cartas. Quando era de noite, Tio Vernon se glorificava de ter conseguido se afastar das cartas, mas de repente um barulho estrondoso veio da porta, era Hagrid que trazia a carta ele mesmo. Hagrid abriu a porta e lá estava tio Vernon armado, mas Hagrid não se importou com os Muggles, sentou e começou a conversar com Harry. Contou-lhe que estava sendo chamado para a escola Hogwarts de magia e que seus pais eram muito famosos e amigos de Hagrid. Harry estava estagnado com tanta história, não sabia se era mais uma piada dos Dursleys, mas era pouco provável já que eles não tinham o menor senso de humor, este dia era aniversário de Harry e ele não poderia ter presente melhor do que este. Toda verdade sobre os pais de Harry apareceu contada por Hagrid, tio Vernon e tia Petúnia, irmã de Lily Potter. Harry descobre que o assassino de seus pais se chama Voldemort, mas as pessoas o chamam de você-sabe-quem (you-know-who). Harry acorda no outro dia e vai para Londres fazer as compras do ano letivo, ele ainda não podia acreditar que algo assim estava acontecendo, ele era realmente famoso, todos o conheciam, onde passava as pessoas o cumprimentavam calorosamente. Neste dia de compras ele conhece duas pessoas que ainda veria muitas vezes, professor Quirrell, um tipo magro de aparência frágil, gago, que ensinava Defesa Contra as Artes Escuras e Draco Malfoy um garoto filho de mago e bruxa que estavam do lado de Voldemort na época em que ele tentava ter o poder total. Harry Começa o ano letivo em Hogwarts, ele conhece seus novos amigos Hermione Grager e Ronald Weasley com quem vai para o mesmo alojamento, Griffindor, onde McGonagall era a professora responsável. Draco Malfoy e seus amigos Crabble e Goyle vão para Slytherin, um alojamento de lembrança nada agradável, pois era o lugar onde Voldemort ficava. Professor Snape era responsável por Slytherin. Snape não parecia gostar de Harry, na verdade ele não parecia gosta de ninguém, era sempre frio e adorava tirar pontos dos alojamentos. Cada alojamento tinha de vencer pontos para ganhar a Copa dos Alojamentos, que incluía um jogo de magos chamado Quidditch, o jogo era parecido com o futebol dos Muggles, mas era jogado no alto, sobre vassouras voadoras. O alojamento Slytherin era o atual campeão. Os alunos do primeiro ano não podiam jogar esse jogo, muito menos podiam ter vassouras voadoras. Entretanto, por causa de uma travessura de Malfoy com Neville, Harry indo salvar a agenda (rememberall) do colega, subiu numa vassoura e voou para busca-la, quando Malfoy que já sabia voar muito bem atirou a agenda de Neville no chão, Harry mergulhou no ar para buscar a agenda e conseguiu. Foi tão impressionante que nem mesmo Harry acreditou. McGonagall que tinha visto tudo de longe chamou Harry para conversar com o capitão do time de Quidditch. Harry foi o primeiro aluno iniciante em Hogwarts que começaria a jogar no time de Quidditch em cem anos. No primeiro jogo de Harry ele se saiu muito bem a não ser por uma magia que jogaram na sua vassoura que quase o fez Harry cair. Hermione suspeitou que fosse Snape porque ele estava concentrado em Harry no ar, ela correu com sua varinha mágica e com uma magia tocou fogo no roupão de Snape.
Malfoy estava com inveja de Harry e o desafiou para uma batalha de magos, Harry nem mesmo sabia do que se tratava, mas aceitou, Ron seria sua cobertura. De noite quando saiam de Griffindor para encontrar Malfoy perceberam estar numa enrascada, tiveram de fugir dos fantasmas guardiões e acabaram caindo num lugar onde um cachorro enorme de três cabeças era o guarda. Harry e Ron foram pegos, mas ficaram pensando o que teria naquele lugar que precisasse ser guardado por um cachorro daqueles. Foi ter com Hagrid a resposta, mas nada conseguiram a não ser o nome de outro mago, Nicolas Flamel. Agora precisavam saber quem era Nicolas Flamel e o que tinha naquele lugar.
Os estudos estavam pesados, as aulas de Snape estavam cada vez mais difíceis, parecia que ele fazia de tudo para tirar pontos de Griffindor, o que fazia Malfoy se deliciar. Finalmente chega o natal e quase todos retornam para suas casas, exceto os Weasleys e Harry. Os pais dos Weasleys estavam numa viagem e não poderiam recebe-los para o natal, Harry preferia ficar em Hogwarts e passar o melhor natal de sua vida, tudo em Hogwarts era melhor.
Na manhã de natal harry é surpreendido por presentes debaixo de sua cama, ele não fazia idéia de quem poderia ter-lhes enviado. Ele ganhou um manto da invisibilidade, mas não sabia quem lhe deu o presente, apenas mais tarde descobre que era de seu pai e foi dado por Dumbledore. Entretanto agora Harry poderia descobrir o que tinha naquele lugar guardado pelo cachorro de três cabeças. Ele e Ron saíram na noite para bisbilhotar o lugar, encontraram Snape que também tentava entrar no lugar. No outro dia Snape estava mancando, o cachorro quase havia arrancado sua perna. Era óbvio para Harry, Snape queria o que estava naquele lugar, mas Harry não sabia o que era. Depois que todos retornaram do feriado, Harry descobriu que se tratava da pedra filosofal, criada por Dumbledore e Flamel. Harry, Hermione e Ron pensavam que Snape queria a pedra, pois esta dava vida eterna e ouro. Saíram de noite para vigiar o lugar, mas encontraram um gigante solto num dos cômodos do castelo, Hermione é quase assassinada por um monstro, mas Harry e Ron a salvam, entretanto todos são punidos com pontos.
Harry e Ron precisam ajudar Hagrid a entregar o dragão selvagem que o terceiro ganhou de um homem misterioso. Enquanto está na floresta em seu manto da invisibilidade malfoy os segue para denuncia-los, entretanto todos garotos acabam sendo punidos por McGonagall, Malfoy foi punido por inventar uma história absurda sobre dragões selvagens, animal proibido ali. Harry e Ron foram punidos por estarem fora dos alojamentos durante a noite. Como castigo eles tiveram de seguir Hagrid e achar o animal que estava matando unicórnios. Na verdade quem mata os unicórnios é Voldemort, ele também tenta matar Harry, mas é salvo por um outro animal campestre que o avisa para tomar cuidado. Harry percebe que tudo foi uma armadilha para afasta-los do castelo onde está a pedra filosofal, tenta chamar Dumbledore, mas este estava numa viagem a Londres. Harry, Ron e Hermione tentam impedir Snape de pegar a pedra. No lugar onde ela se encontra, há, além do cachorro de três cabeças, magias e feitiços colocados por professores de Hogwarts. Eles passam por todos, Ron fica para trás para que os outros prossigam, Hermione volta para buscar e salvar Ron, Harry chega o destino sozinho e encontra nada mais nada menos que professor Quirrell possuído por Voldemort. Harry nunca imaginou que professor Quirrell pudesse estar do lado do mau, ele estava errado o tempo todo sobre Snape. Professor Quirrell ria-se do caso e explicou a Harry que todo esse tempo Snape o protegia. Professor Quirrell não sabia como encontrar a pedra filosofal, ele sabia que tinha algo haver com o espelho do apagado (the mirror of erased), mas não conseguia entender como fazer para a pedra filosofal vir à tona. Voldemort que fez seu rosto refletido na cabeça de Quirrell teve a idéia de colocar o garoto na frente do espelho e força-lo a contar o que via. Harry sabia que o espelho refletia sua vontade, por isso ele teria de mentir sobre o que estava vendo. Harry viu a pedra filosofal cair no seu bolso, e sentiu o bolso pesado, mentiu e disse que se via segurando a taça Copa dos Alojamentos. Voldemort não acreditou, disse que a pedra estava no bolso de Harry. Quirrell tentou arranca-la a força, mas sentiu suas mãos queimarem. A única maneira de Harry ganhar tempo até que alguém chegasse era abraçando professor Quirrell que sentia seu corpo queimando, Harry também se sentia mal, uma dor de cabeça muito forte que resultou num desmaio e um coma leve.
Harry acordou no Hospital Wing de Hogwarts, quando recebeu a visita de Albus Dumbledore. Ele não podia acreditar, estava vivo, mas não sabia o que tinha acontecido com Voldemort. Dumbledore explicou que chegou a tempo de salva-lo e disse que ele estava se saindo muito bem sozinho. Quanto a Voldemort, este não pode morrer porque não está vivo, mas com certeza ele está pairando por ai, e vai voltar, não agora, pois está muito fraco, mas um dia talvez retorne. Harry ficou feliz por ter feito algo que realmente lhe valesse toda a fama que tinha, antes mesmo de saber quem era. Snape continuou uma pessoa fria com Harry, mas Harry não se importava mais, pois Dumbledore havia lhe explicado que Snape é uma ótima pessoa, mas a única coisa que ele não suporta é ter sido salvo por James Potter seu inimigo. Isso mesmo, James Potter e Snape se odiavam, assim como Harry e Draco Malfoy.
Professor Quirrell morreu por conta do próprio Voldemort. Dumbledore também explicou porque o corpo de Quirrell queimava ao tocar Harry, disse que algo que voldemort não entendia e suportava era amor, então isso era a pior coisa que poderia atingi-lo. Quando Voldemort matou James Potter, Lily estava viva, Voldemort não tinha intenção de mata-la, mas ela se sacrificou por amor a Harry, esse amor pode ter sido a causa da destruição de Voldemort. É chegado o final do ano letivo. Harry, Ron, Hermione e os outros alunos voltam para suas casas. Harry não parece tão animado de voltar para Privet Drive e passar as férias de verão com seus tios, mas o que lhe consola é poder usar algumas mágicas com Dudley. Bem, mágicas não são permitidas no mundo dos Muggles, mas os tios dele não sabem disso.

segunda-feira, maio 23, 2005

O MACACO E A ESSÊNCIA




Aldous Huxley – O MACACO E A ESSÊNCIA, 1969
(desculpe-me o leitor, pois não tive a prudência de anotar os dados do livro, tanto quanto a página da qual retirei o trecho que segue depois do comentário.)

Ótimo crítico social, visionário, Aldous Huxley, criou o maravilhoso O macaco e a essência onde faz um esboço da destruição que uma sociedade pode causar a si mesma.
Na Califórnia, depois do Apocalipse, as coisas ficam muito diferentes, quem reina no local é o todo poderoso Beliel, o anticristo. Ele toma conta do lugar e passa a ser alvo de devoção. Neste interin, cientistas da Nova Zelândia vão até a Califórnia para fazer experiências, um dos biólogos se perde e cai dentro desta cidade tomada por satanás. Lá ele descobre que os valores sociais e morais são bem diferentes dos outros povos. Ele se apaixona por uma garota e juntos decidem fugir daquele inferno.
O livro passa uma mensagem muito importante para nossa sociedade contemporânea, aqui está um trecho do livro para reflexão:



Narrador
O amor elimina o medo, mas reciprocamente o medo elimina o amor. E não apenas o amor. O medo elimina a inteligência, elimina a bondade, elimina todo pensamento de beleza e verdade. Só persiste o desespero mudo ou forçadamente jovial de quem pressente a obscena presença no canto do quarto e sabe que a porta está trancada, que não há janelas. E então a coisa acomete. Ele sente uma mão na sua manga, respira um bafo fétido, quando o ajudante do carrasco se inclina quase amorosamente para ele (...). E o medo, meus bons amigos, o medo é a própria base e fundamento da vida moderna. Medo da tão apregoada tecnologia que, enquanto eleva o nosso padrão de vida, aumenta a probabilidade de nossa morte violenta. Medo da ciência que arrebata com uma das mãos ainda mais do que tão prodigamente distribui com a outra. Medo das instituições manifestamente fatais pelas quais, em nossa lealdade suicida, estamos prontos a matar ou morrer. Medo dos grandes homens que elevamos, por aclamação popular, a um poder que eles usam, inevitavelmente, para nos massacrar e escravizar. Medo da guerra que nós não queremos e todavia tudo fazemos para desencadear.